Alinhada ao conceito de economia circular, a iniciativa reduz a geração de resíduos, o custo com descarte e o consumo de recursos naturais.
Há mais de 18 anos, o Grupo Begllim fornece os contentores flexíveis, mais conhecidos como big bags, utilizados para armazenar ou transportar as tampas e as embalagens vazias de defensivos agrícolas destinadas pelo Sistema Campo Limpo. Atualmente, são cerca de 100 mil big bags ao ano, que sempre foram descartados corretamente, a partir de análises de classificação ambiental das embalagens e seguindo os critérios estabelecidos por lei.
Recentemente, o processo foi aprimorado: os bags utilizados no Sistema Campo Limpo voltam para a Begllim, que lava, inspeciona e permite a reutilização no Sistema de cerca de 70% desse material. Seguindo a classificação ambiental, as embalagens de big bags também podem ser recicladas e transformadas em matéria-prima para produtos destinados à indústria automobilística e de construção civil, como explica o fundador da empresa, João Susigam.
COMO FUNCIONA A REUTILIZAÇÃO DOS BIS BAGS NO SISTEMA CAMPO LIMPO?
Diante da importância crescente para todas as empresas de reduzir os impactos ambientais, intensificou-se o reaproveitamento dos resíduos gerados nos processos produtivos. No caso dos big bags fornecidos ao inpEV para uso no Sistema Campo Limpo, temos um processo de devolução para a Begllim, seguido de lavagem, inspeção e reutilização. Cerca de 70% dos big bags usados no Sistema são reaproveitadas, o que gera redução de custo, menor geração de resíduos e menor consumo de recursos naturais. O processo está alinhado à mudança para a economia circular, aumentando a vida útil dos materiais.
A BEGLLIM TAMBÉM RECICLA OS BIS BAGS?
Sim, fazemos a reciclagem de big bags usados por outros setores. Hoje são recicladas cerca de 160 toneladas por mês. Encaminhamos o material para dois parceiros que fazem a granulação e transformam em matéria-prima para a indústria automotiva ou construção civil. O polipropileno é usado em peças de automóveis (como painéis ou para-choques) ou construção civil.
Nossa iniciativa está totalmente alinhada à missão do inpEV. Também fazemos com que os serviços prestados resultem na preservação dos recursos naturais para as futuras gerações.
JOÃO SUSIGAM
TODOS OS BIG BAGS PODEM SER RECICLADOS?
Podem e, para isso, é preciso analisar a classificação ambiental, com o intuito de definir a melhor forma de acondicionamento, tratamento e destinação. Sempre observando as condicionantes ambientais estabelecidas pela legislação. O primeiro passo do processo de reciclagem é a segregação de acordo com a classificação ambiental. Isso é necessário para que sejam encaminhados para a linha produtiva adequada (lavagem, secagem e inspeção), que esteja apta para receber e tratar os materiais conforme as exigências ambientais, como a existência de estação de tratamento de águas residuárias.
QUAIS OS MAIORES BENEFÍCIOS DESSA RECICLAGEM?
Além da redução de rejeitos, a reciclagem dos big bags reduz o consumo de recursos naturais, prolongando a vida útil dos materiais que se transformam em novas matérias-primas. Há benefícios econômicos consideráveis para as empresas, com a transformação do que iria para aterro ou incineração em matéria-prima recolocada no ciclo produtivo. Do ponto de vista social, o processo permite a geração de renda e emprego nessa atividade, melhorando a qualidade de vida da comunidade.
COMO AVALIA O TRABALHO DO INPEV E SUA CONTRIBUIÇÃO AO MEIO AMBIENTE? COMO VÊ A INICIATIVA DE VOCÊS NESSE CONTEXTO?
A atuação do Instituto é essencial ao agir na conservação do meio ambiente e qualidade de vida das pessoas e animais. Nossa iniciativa está totalmente alinhada à missão do inpEV por estarmos focados na garantia do correto reaproveitamento das embalagens flexíveis (big bags). Também fazemos com que os serviços prestados resultem na preservação dos recursos naturais para as futuras gerações.
Matéria feita por: inpEV
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